quarta-feira, 10 de maio de 2017

Especialistas alertam para ataques de aranha em residências no Maranhão

Aranha já fez três vítimas em São Luís
Três pessoas foram internadas após serem picadas por uma aranha-marrom, em São Luís. A picada desta aranha não dói, mas seus efeitos causam grandes problemas à saúde, principalmente na pele, que pode até necrosar (morte de células da região atacada). Só nos últimos três anos, foram registrados seis casos de mortes no Maranhão por picadas de aranhas.
O universitário Otávio Jansen foi atacado pela aranha dentro de casa enquanto dormia, e só percebeu que alguma coisa estava errada quando um dos seus dedos do pé começou a inflamar. “Inicialmente aparentava ser só um calo, não doía, não inflamou, não tinha nada de diferente do que um pequeno machucado. Só que com o passar dos dias, começou um processo inflamatório muito forte. Simplesmente fazer a limpeza e passar uma pomada no local já não estava fazendo efeito”, contou.
A aranha-marrom não é agressiva, possui hábitos noturnos e gosta de se esconder em móveis, madeiras e lugares escuros. Sua picada, além de causar a necrose da pele pode acarretar a falência de outros órgãos. No Maranhão, os tipos de aranha mais comuns são as caranguejeiras, a aranha-marrom e a aranha de jardim.
Para evitar a picada da aranha-marrom, é necessário manter limpos ambientes da casa, principalmente os quartos, já que este tipo de animal gosta de se esconder em lençóis e roupas. Outro lugar perigoso são os calçados, que devem ser verificados todas as vezes antes de serem usados.
Segundo o especialista em aranhas, Maurício Mendonça, poucas aranhas tem o veneno tóxico para o homem, mas é preciso ficar atento para que a picada da aranha-marrom não passe despercebida.
“Hoje nós falamos de aranhas perigosas e não perigosas, incluindo as que o veneno é tóxico para a espécie humana. Algumas espécies o veneno causa dores insuportáveis e imediatas, já outras espécies, no caso da aranha-marrom, a picada passa despercebida, porque o veneno não tem essa ação de provocar dor, a picada as vezes passa despercebida, porque o veneno não tem essa ação de provocar dor mas o veneno ele tem uma ação relativamente lenta de necrose. Então ele destrói o tecido, vai destruindo as células dos tecidos provocando feridas muito grandes as vezes que se espalham”, explicou.
Em São Luís, o Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão I, é o único hospital especializado no assunto e que possui o soro antiaracnídico, que é fabricado pelo Instituto Butantan, em São Paulo e sua distribuição é feita pelo Ministério da Saúde. Até agora, três pessoas buscaram atendimento no hospital.
Em caso de picada, a secretária municipal adjunta de Saúde, Silvia Leite, orienta procurar um hospital o mais rápido possível. “A eficácia maior do soro é ate 36 horas após a picada, e essa a recomendação do protocolo do Ministério da Saúde. Então como a picada no início é indolor, e às vezes ela não é visível, ela só vai ser visível após 8 ou 12 horas após a picada. Se a pessoa tiver tem alguma suspeita, procure uma unidade de saúde para fazer a avaliação medica e ver a indicação do soro antiaracnídico”, finalizou.

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