terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Pesquisas pagas por empresas do operador de Luciano Genésio sugerem caixa dois

Na primeira eleição em que empresas ficaram proibidas de doar para candidatos, empresários trocaram o CNPJ pelo CPF para fazer contribuições no próprio nome. No entanto, no caso do prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio (PP) os recursos – parte deles para pagar pesquisas eleitorais – teriam sido bancados por uma empresa de propriedade de um operador da campanha, conhecido por Janderson Pereira Landim.
A Jakarta Publicidade Ltda – ME, com sede em Mogi das Cruzes (SP), usou vários contratos com institutos para pagar pesquisas usadas e não declaradas pela equipe de comunicação da campanha de Genésio em 2016.

Segundo o blog apurou, um destes contratos foi com a Perfil Pesquisas para realização de levantamentos de dados destinados à campanha pepista, que teria sido usado pela equipe de produção de programas do candidato do PP. Além da Perfil, a empresa do operador também realizou contratos com a Escutec, conforme documentos em anexo.
A prática configura caixa dois. Os pagamentos abrangidos pelos contratos com as amostragens ultrapassaram R$ 28 mil, segundo documentos obtidos pelo blog. Os recursos não foram declarados à Justiça, mas as pesquisas foram usadas em peças e materias de campanha.


Recursos para contratar pesquisas sugerem suposta prática de caixa dois.
OPERADOR ACUSADO DE ESTELIONATO
Apontado como o principal financiador da campanha do prefeito Luciano Genésio, o empresário Janderson Landim, conhecido no Maranhão por denúncias de aplicação de golpes em diversos municípios como Santa Luzia, Chapadinha e Olha D’Água das Cunhãs, tem fama de patrocinar campanhas eleitorais em troca de serviços às prefeituras. Ele também responde a processo por estelionato, na 6ª Vara Cível, Foro de Moji das Cruzes, em São Paulo.
Ao que tudo indica, as faturas pelo ‘investimento’ na campanha começaram logo no dia 2 deste mês, com o Decreto de Emergência nº 004/2017, publicado no Diário Oficial do Estado do Maranhão do dia 19 do corrente mês. Para os adversários do chefe do executivo pinheirense, o procedimento serviu provavelmente como uma espécie de ‘legalização de débitos’ contraídos junto aos principais financiadores da campanha do gestor.
Nesse período, por exemplo, Luciano já contratou, sem licitação, os serviços de uma empresa acusada de ter praticado crime de receptação de medicamentos e itens roubados. Além disso, ele também usou o mesmo ato para contratar uma prestadora de serviço que estaria registrado no endereço de outra empresa, provando que o objetivo do decreto foi apenas abrir a porta da prefeitura para farra das licitações.
E MAIS:A série de denúncias que vem sendo publicada pelo blog, desde a semana passada, pode levar os órgãos de controle e fiscalização a tomar as devidas providências em relação aos atos do prefeito Luciano Genésio, que segue abusando da impunidade em apenas 31 dias de governo.

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