segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Jornal Nacional mostra obras de centros de hemodiálise paralisadas pelo Governo

Pacientes do Maranhão obrigados a viajar longas distâncias para fazer hemodiálise poderiam fazer o tratamento ao lado de casa. Isso se as obras das clínicas em construção em sete cidades não estivessem paradas há dois anos.
O que existe até agora da obra de construção do centro de hemodiálise de Chapadinha, no Maranhão, é um terreno e algumas marcações. Quase R$ 1 milhão foram liberados para a obra em 2014, mas está tudo parado.
Escondida no meio mato está essa estrutura de metal que deveria ser parte das paredes do setor de hemodiálise do hospital. O material chegou no fim de 2014 e deveria estar montado três meses depois. Mas o tempo passou, o mato cresceu e nada foi feito.

Os pacientes renais de Chapadinha precisam viajar 500 quilômetros três vezes por semana para fazer hemodiálise em São Luís, um desgaste que atrapalha o tratamento, como o Jornal Nacional mostrou na semana passada.

O Maranhão tem 12 centros de hemodiálise distribuídos em seis cidades; os outros 211 municípios não têm equipamentos para o tratamento.

Foram liberados em 2014  R$ 6,8 milhões para a construção de outros sete centros em cidades diferentes, o que evitaria que os pacientes precisassem viajar tanto. A previsão era que começassem a funcionar no ano passado, mas nenhuma obra foi concluída até hoje. E o material já está se estragando com o tempo.

"Muita gente fazendo tratamento fora e nós precisamos disso aqui", disse o aposentado Antonio Lisboa.

O pai de um morador de Coroatá, a 250 quilômetros de São Luís, morreu sete meses atrás durante o tratamento. Foram seis anos viajando dez horas para ir e voltar à capital; dia sim, dia não.

"É desgastante, para quem já está doente é muito cansativo e não deixa de ser debilitante para ele mesmo", disse o comerciante Miguel Amaral Neto.

O governo do Maranhão declarou que retomou as obras em duas cidades, e que está resolvendo problemas burocráticos em outras quatro.

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