segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Associação de Policiais Militares de Timon lança nota de apoio ao deputado Cabo Campos.

Diante dos últimos acontecimentos a Associação de Policiais Militares de Timon lança uma nota esclarecendo as últimas reivindicações da categoria e reconhecendo a legitimidade de liderança do Deputado Cabo Campos a frente da categoria militar. 

O MANDATO É DO POVO.


Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos de nossa constituição".

O parágrafo único do artigo 1º da nossa Carta Constitucional é didático, cristalino e deixa claro que o político com mandato nada mais faz, ou deveria fazer, que trabalhar todos os dias para realizar o interesse do povo, do coletivo que o elegeu. Digo isso porque pude observar nas redes sociais, algumas manifestações contrárias ao fato de associações de praças PMs e BMs terem "convocado “um deputado estadual, Cabo Campos, para esclarecer porquês de sua atuação no parlamento maranhense. Houve mesmo quem dissesse não caber a essas categorias cobrar contas de um parlamentar.

Santa ignorância, Batman! Ora meus amigos, quando é que nosso povo compreenderá que aquele que desempenha um mandato popular o faz, apenas por vontade do povo? Um mandato não é propriedade do político para que ele faça o que bem quiser.

Pertence a mim e a você, ao seu Joaquim da padaria da esquina, às associações de bairros, aos grupos de jovens das igrejas, ao povo! Precisamos entender que parlamentares são meros representantes dos nossos interesses. Precisamos fazê-los entender, e nunca mais esquecer, que estão a nosso serviço e que não podem se comportar como se fossem superiores, melhores ou mais importantes que nós. Isso é uma mentira que nos ensinaram! Trabalham para nós, somos o patrão! Desde cedo deveriam nos ensinar essa lição. Mas não fazem o oposto, nos fazem acreditar que somos servos inferiores e que o parlamentar, ou chefe do executivo, está acima de nós, é mais digno e melhor que nós.

Pois bem, eles estão lá porque o pusemos para concretizarem nossos melhores interesses, nossos sonhos. Não podem e não devem se afastar dessa missão. É inaceitável que se comportem doutra maneira que não seja buscando realizar o anseio do povo. Caso se afastem, e me parece que essa é a regra, devemos lembrá-los de quem tem o poder, numa perspectiva constitucional.

O cidadão não pode se sentir intimidado quando estive diante de figuras públicas detentoras de mandatos e tiver que cobrá-los de suas obrigações. O cidadão tem todo o direito de exigir que ele cumpra o seu múnus, seu dever de bem representar o povo. E não interessa que eu não tenha votado nele! O compromisso é o mesmo...

O político, por sua vez, deve encarar tal posição, por parte do cidadão, como coisa natural, típica da república, da democracia e da cidadania. Não pode querer se sentir ofendido, constrangido ou afrontado quando cobrado pelo homem comum. Ele é um servidor do povo e, como tal, deve se submeter ser republicano e cidadão.

Quanto ao "convocamento" do Deputado Estadual Cabo Campos, penso que ele deve encarar isso como uma oportunidade para expor suas ideias, projetos e suas dificuldades diante de um governo centralizador e que, do meu ponto de vista, não lhe dá ouvidos. Eu mesmo, sei que ele não tem tido vida fácil no Governo Flávio Dino. Nenhum dos projetos que apresentou ao governo foi à votação. É deputado da base do governo mas, tratado como se fosse da oposição, sem o devido respeito da parte do executivo que, sequer, o chama a sentar à mesa para tratar dos temas da segurança pública estadual. No entanto, há quem o diga "traidor" das praças PM, outros, que se lambuzou com o excesso de mel, não fala mais em defesa da categoria e não legisla em seu favor. Uma avaliação exagerada e injusta, certamente.

A convocação das associações para que ele fale de sua atuação no parlamento deve ser vista por ele como uma oportunidade. Sim, uma oportunidade para que ele possa esclarecer o porquê de não conseguir aprovar indicativos ou projetos para os trabalhadores PM's, uma excelente ocasião para que ele deixe claro que se não consegue avançar é porque não o permitem, se for esse o caso.

A parte boa, é que há tempo para ele redefinir estratégias, se for o caso, fortalecer a defesa dos trabalhadores e falar o que precisa ser falado, contra o governo se for preciso, em defesa do povo do maranhão e dos que o elegeram, ou não.

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