sábado, 21 de março de 2015

Sema apresenta trabalho sobre a Baixada Maranhense em conferência em Atenas/Grécia

A superintendente de Biodiversidade e Áreas Protegidas da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), Janaina Dantas, mestranda em Recursos Aquáticos e Pesca da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), apresenta na 11ª Conferência Internacional de Métodos Computacionais em Ciências e Engenharia (ICCMSE), realizado em Atenas/Grécia, os resultados da pesquisa “Biomarcadores Morfológicos em Prochilodus lineatus (Characiformes, Prochilodontidae) para Avaliação de Impacto Ambiental na Região da Baixada Maranhense”.

De acordo com o secretário da Sema, Marcelo Coelho, a participação do Maranhão neste evento é de grande importância para a secretaria, pois serão apresentados  resultados de pesquisas originais de alta qualidade sobre biomarcadores de contaminação aquática em peixes na Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense e na Área de Proteção Ambiental do Maracanã. “Será uma excelente ferramenta de divulgação da qualidade das pesquisas que vêm sendo desenvolvidas pela Instituição, promovendo a Sema no cenário internacional”, disse o secretário.

O estudo apresentado em Atenas/Grécia teve a finalidade de identificar os tipos de lesões histopatológicas encontradas em brânquias de peixes da espécie P. lineatus da região da Baixada Maranhense, a fim de monitorar o ambiente aquático.

Os peixes coletados no Rio Mearim (Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense) apresentaram alterações morfológicas nas brânquias, podendo representar estratégias adaptativas para conservação de algumas funções biológicas quando o animal está frente a mudanças na qualidade da água. Segundo o estudo, as várias alterações morfológicas diagnosticadas nos peixes sugerem uma saúde comprometida e sérias consequências biológicas da exposição desses organismos aos poluentes. Foram identificadas alterações leves, moderadas e severas, que expressam uma resposta do organismo a poluentes. 

Janaina Dantas informou que estudos com peixes podem ser usados para monitoramento ambiental aquático. “Os peixes são considerados bioindicadores da qualidade da água, logo, se a água apresentar algum tipo de xenobionte, será refletido nos órgãos dos organismos aquáticos. No caso dos peixes, as brânquias são os órgãos mais sensíveis a esse tipo de alteração na qualidade da água”, frisou Janaína Dantas.


Durante a conferência de Atenas-Grécia, os cientistas presentes ao encontro, se utilizarão de modelagem e de métodos computacionais aplicados a diversos aspectos experimentais, tais como biomarcadores utilizados para monitorar a qualidade dos ecossistemas.

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