domingo, 25 de maio de 2014

Secretário Cláudio Azevedo participa da assembleia da OMS na confirmação do MA como zona livre de febre aftosa internacional



Será aberta, neste domingo (25) e vai até sexta-feira (30), em Paris, a 82ª Assembleia Geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que, nesta edição, dará destaque especial ao Brasil. No ano em que o país comemora 90 anos como membro fundador da entidade - vinculada à Organização Mundial de Saúde -, a plenária votará o pleito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para aprovação da ampliação da zona livre de febre aftosa no país, incluindo os estados do Maranhão, Piauí, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Cláudio Azevedo, representa a governadora do estado, Roseana Sarney, durante a assembleia. “Esse é um momento histórico para a pecuária e para a economia do Maranhão. Há anos, os criadores maranhenses ansiavam pelo momento em que poderiam finalmente acessar os principais mercados internacionais. Esse momento chegou”, comemorou o secretário que participa da assembleia acompanhado do secretário adjunto da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Raimundo Coelho de Sousa, e do diretor geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão, Fernando Lima, além dos presidentes da Federação da Agricultura do Maranhão (Faema), José Hilton Coelho, do Instituto do Agronegócio do Maranhão (Inagro), José de Jesus Athayde e do Fundo para o Desenvolvimento da Pecuária do Maranhão (Fundepec), Oswaldo Serra.
Dentro da programação da Assembleia Geral da OIE, está reservada a quinta-feira (29) para a solenidade de entrega da certificação internacional da nova zona livre de febre aftosa ao Brasil, que será recebida pelo Ministro da Agricultura, Neri Geller. Após a certificação, todos os estados recém-certificados poderão comercializar sua carne e derivados com os principais mercados mundiais, como Estados Unidos e Rússia. Além disso, os rebanhos da nova área certificada terão trânsito livre no país, podendo participar das maiores e mais importantes feiras agropecuárias brasileiras. “O Maranhão está em vantagem nesse cenário porque, além de possuir o 2º maior rebanho da Região Nordeste - 7,6 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos - com potencial para duplicar esse número em poucos anos, temos também localização privilegiada e um dos melhores portos do país, que poderá escoar não só a nossa produção de carne, mas a de toda as Regiões Norte e Nordeste”, acredita Cláudio Azevedo.

Impacto
O impacto da zona livre de febre aftosa começou a ser sentido desde o ano passado, quando o Ministério da Agricultura elevou nacionalmente o status sanitário do Maranhão, permitindo a ampliação da área de comercialização nacional da carne maranhense de nove para 27 estados brasileiros.
A nova classificação atraiu grandes investimentos para o setor desde então, com a instalação de frigoríficos e laticínios de grande porte nos polos pecuários maranhenses, como as Regiões Sul e Sudoeste. Outro sinal do impacto positivo da certificação nacional de zona livre de febre aftosa foi o aumento na emissão de Guias de Trânsito Animal (GTA) emitidas pela Aged-MA. No período de setembro de 2012 a agosto de 2013, antes da nova classificação, foram emitidas 242.120 guias de trânsito, uma média de 20.177 documentos/mês. A partir de setembro de 2013, quando o então ministro Antônio Andrade assinou a certificação nacional de zona livre, até o último dia 22 de maio, foram emitidas em todo o Maranhão 205.617 GTA’s, um aumento de quase 12% na média de emissões que passou para 22.846 documentos/mês.
“Essa nova classificação aumenta a nossa responsabilidade no trabalho de defesa agropecuária do estado, pois temos que ser ainda mais rigorosos no controle das regras sanitárias, como a obrigatoriedade da vacinação semestral, que será mantida, e, com certeza, serão acrescentadas novas rotinas de trabalho, sobretudo às nossas operações de barreira sanitária”, alerta o diretor geral da Aged/MA, Fernando Lima.
Até o final do mês de maio, o Maranhão e outros estados brasileiros permanecem em campanha de vacinação contra a febre aftosa, iniciada dia 1º. Todo criador de bovinos e bubalinos é obrigado a imunizar seu rebanho e comprovar a vacinação no escritório da Aged onde a propriedade está cadastrada.
No ano passado, segundo dados da Aged, foram vacinadas 7.007.802 cabeças - 95,15% do rebanho - durante o período oficial de campanha, que foi de 1º a 30 de novembro de 2013. Os criadores inadimplentes com a vacinação foram notificados e multados pela agência agropecuária, além de terem sido obrigados a imunizar seus animais sob a supervisão dos fiscais agropecuários.
A multa para quem não vacinar o rebanho durante o período oficial de vacinação é de R$ 200,00, mais R$ 1,00 por cabeça não vacinada. Quem também não comprovar a imunização pagará mais R$ 1,00 por cabeça de animal que não tiver sua vacinação comprovada até o dia 10 de junho.
De acordo com a Central de Selagem de Vacinas do Ministério da Agricultura, foram destinadas ao Maranhão 8.153.640 doses de vacinas contra a febre aftosa, distribuídas para o comércio autorizado durante o período oficial de vacinação. Esse volume atende não apenas os criadores maranhenses como também alguns municípios do Pará e Tocantins.

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